12.12.06

Volver...

Volver...
yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos
van marcando mi retorno
son las mismas que alumbraron
con sus pálidos reflejos
hondas horas de dolor

y aunque no quise el regreso
siempre se vuelve al primer amor
la vieja calle donde el eco dijo
tuya es su vida, tuyo es su querer,
bajo el burlón mirar de las estrellas
que con indiferencia
hoy me ven volver

Volver...
con la frente marchita
las nieves del tiempo
platearon mi sien
sentir...
que es un soplo la vida
que veinte años no es nada
que febril la mirada
errante en la sombra
te busca y te nombra
vivir...
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo
que lloro otra vez

Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de las noches
que pobladas de recuerdos
encadenan mi soñar...

Pero el viajero que huye
tarde o temprano detiene su andar...
Y aunque el olvido, que todo destruye,
haya matado mi vieja ilusión,
guardo escondida una esperanza humilde
que es toda la fortuna de mi corazón...


Ao som de "Volver" - Estrella Morente

6.12.06

Primeira confissao explícita...


Quarta-Feira, 2:25 a.m, dia 6/12/2006, Rua Conde de Barájas, Sevilha, Espanha.

...a quadragésima quinta vez que me apaixonei por ela foi incrível!
Lembro bem das outras vezes porém essa foi especial...
Era uma dessas noites frias e, portanto, eu nem imaginava abandonar minhas divagaçoes metafíficas entre cobertas e poesias para fazer o que quer que seja...entretanto, como o mais "certo" muitas vezes se torna o mais "equivocado" tive esse desejo repentino de sair...nao sabia muito bem para onde...lembrei de uma peça de teatro que um amigo estava atuando...era Nelson Rodrigues...pensei entre um riso irônico: "Ótima pedida para essa noite!"...30 minutos e já estava lá...


Bom, pedimos mais alguma coisa para beber?!
Ok....eu nao vou mais na cerveja...essa Cruz Campo é muito amarga...vou provar esse tal "Tinto de verano con Blanca"...hehe
Ah, sim...entao continuando...
Na verdade, apartir do momento em que cheguei para assistir nao tem muita história...


A peça começou...assim que ela entrou em cena...pronto...eu só enxergava suas expressoes sem exageros...seu corpo suave e erótico...paradoxo inexplicável...seu jeito discreto e absurdamente sensual de atuar...tombei completamente...conhecia muito bem aquele olhar...era a minha perdiçao...era o meu paraíso...era o refúgio dos meus mais intensos desejos e medos...
Na minha frente estava novamente a única mulher que fazia eu me sentir uma menina...essa mulher misteriosa de sobrenome Laranjeira era o meu destino...nao importava o quao longe eu pudesse estar, iria sempre me apaixonar por aqueles olhos intensos de atriz...


Ponto...final da história meu amigo, bebemos mais?!
Que?Como, já?!Terminou sim...fim...the end...o resto só cabe às minhas fantasias mais íntimas...
Humm, queres saber se ainda estamos juntas...hehe
Vou te responder em forma de confissao:
"...me apaixonei umas 70 vezes na vida...somente por ela me apaixonei 51 vezes...ou melhor...provavelmente 52 vezes - tenho mais uma peça Rodrigueana para assistir..."
Entao, respondo tua pergunta?!

...
...

P.s: Só para constar...nesse blogestavam proibidas confissoes explícitas como essa...porém...enquanto o verdadeiro Sr.Sublime continuar com sua vida cigana, eu continuo burlando as regras que considerar descabidas...confissoes sao testamentos de amor e ódio...sao provas de vida, de sonhos e de morte...só é capaz de confessar quem nao tem medo de viver intensamente...
Realmente...o Sr. Sublime é uma pessoa bastante contraditória...que ironia, nao?!...