19.9.06

Jogo de erros

Corpos abertos. Razão vendada. Jogo da vida. Jogo do amor e da morte. Magia?! Feitiçaria.
Pergunta. EU PERGUNTO. Prefere sentir CULPA ou sentir VERGONHA?Resposta. EU RESPONDO.Não!VOCÊ RESPONDE. Sem dúvida, CULPA. Mentira!Talvez.

VERGONHA & CULPA. Instâncias psíquicas em resposta ao "ERRO". Humano. Sempre em PROCESSO de julgamento. No fim, apenas OSSOS calcinados. Ah, essa posição de INQUÉRITO constante! Solução. Sem solução.

CULPA pressupõe saber o "CERTO". SABER apenas. Posso não querer, não poder ou não conseguir. CULPA é póstuma. Desaparece quando é paga. VERGONHA é vital. Atual. Olhar do OUTRO somado ao Auto-DESPREZO. Auto-Estima. VERGONHA é paralizante. Não há pagamentos. Quer desaparecer mas não pode. A CULPA faz agir. Precisa ABSOLVIÇÃO. PERDÃO. Ou não?! Certeza:Era da VAIDADE e do NARCISISMO. A VERGONHA é o controle do instrumento SOCIAL. A CULPA é o intrumento do controle RELIGIOSO. Risos.


Nesse jogo de erros
"quase" fatais...
Escolhem-se as peças
do tabuleiro escuro
da vida...
Olhos "vendados"
são guiados pelos cheiros
das peles dos "reis" e "rainhas"...
Esse séquito
de empregados da vida
cinza e sem rimas....

Passos são calculados
Com cuidado
Com controle logístico
de nada...
do nada...
A intuição é apenas uma marca
na testa franzida...
Penduram-se na parede
nódoas e cicatrizes
pagas em vida...

Ei, seus tolos!
Não existe culpa por amar
demais...
Demasiado amor
tem apenas vergonha...
Vergonha ao sentir na razão
cega dos olhos do outro
o amor de menos...
O desprezo pelo amor
desigual....
Esse sim, fatal...

Desse desespero
Eu e você...
Não somos prisioneiros...
Nosso olhar não enxerga
a simple razão...
Somos cúmplices da emoção...
Vamos muito além...
Até a mansão
do coração....

Nesse jogo...
No nosso jogo
o tabuleiro tem sentido...
Os "reis" e "rainhas"
já foram banidos...
Saímos da escuridão
dos quadrados da razão...
Para o colorido abstrato da
emoção...
Criamos personagens todos os dias:
Crianças brincando de amar...
Sem culpa ou vergonha
de um amor-louco
tão visceral...
tão cabal...


Ao som de "The Killing Moon" - Echo and The Bunnymen